sexta-feira, 8 de abril de 2011

★ Região Serrana e as chuvas !

Região Serrana e as Chuvas

Sobre a Região Serrana:
A região é marcada pela presença de “serras” – do Mar e da Mantiqueira – Tal fato, produz um relevo acidentado e um clima mais ameno, de altitude. Petrópolis, Teresópolis e Nova Friburgo destacam-se como as principais cidades serranas. Isso se justifica por concentrarem o PIB e as maiores populações. O PIB é composto, majoritariamente, por atividades como: turismo de inverno;
 produção hortifrutigranjeira e floricultura (hidroponia). Apresenta também forte produção têxtil, com destaque para a produção de roupa intima feminina e diversas confecções de roupas de grife. Em função desse dinamismo econômico, associado ao processo de desmetropolização no Rio de Janeiro, a população fixa vem aumentando nos últimos anos na região. Isso traz consequências como o crescimento da especulação imobiliária e ocupação de áreas de enconsta, relacionada a um processo de favelização.
A tragédia ocorreu devido:
 • A uma chuva acima da média, orográfica e abastecidas pela umidade vinda do oceano.
• A grande declividade do terreno, que favorece a elevação da velocidade de escoamento da água, facilitando deslizamentos;
• A muitos trechos de solos rasos. Em função da declividade, há dificuldade de formar solos profundos. Isso porque o escoamento tende a ser maior que a infiltração e, consequentemente, o desgaste da rocha matriz menor. Em um solo raso, o “encharcamento” é mais fácil e assim, fica mais instável;
• A ocupação de áreas de risco, como encostas e próximo a rios. Isto ocorre em função, basicamente de duas situações: crescimento da população fixa e ineficiência governamental no planejamento urbano.
Como ocorreu ?
Observe a sequência:
1- Concentração de chuvas: A serra do mar, que vai do Rio Grande do Sul até Espírito Santo, funciona como uma barreira. As chuvas ficam concentradas nesta cadeia de montanhas próxima ao oceano atlântico.
2- Formação geológica: A formação geológica da serra fluminense é suscetível a deslizamento. As encostas íngremes geram erosão e as rochas têm a cobertura de uma fina camada de terra.
3- Deslizamentos: A ocupação desordenada retira a vegetação, que protege a fina camada de terra, somada às chuvas intensas foram a causa da tragédia. A terra aumenta de massa e acaba se deslocando. Acontece a chamada queda de barreira.
Consequências da tragédia:

• Mesmo sendo redundante, tem de entrar na conta: o elevado número de mortes.
• Destruição e interdição de inúmeras casas, o que eleva a quantidade de desabrigados. Para ampliar o drama destas pessoas, muitas não têm outra opção de moradia. Desta forma, ficam dependentes da assistência estatal, como o aluguel social.
• Destruição de estruturas como rodovias, infovias e cabos de energia;
• Destruição de estabelecimentos comerciais, indústrias e plantações causando desemprego;
• Como desdobramento do item acima, impacto sobre o PIB regional;
• Elevados gastos em reconstrução;
• Disseminação de doenças, como Leptospirose;
Mesmo diante de tantas consequências negativas, há de se destacar um comovente ponto positivo: a enorme solidariedade do povo brasileiro.
Foi emocionante ver a mobilização de amigos, instituições públicas e privadas, ONGs, perfis em redes sociais, dentre outros, mobilizando-se para o envio de
remédios, alimentos, sangue, roupas e afins.
Para evitar novos deslizamentos é necessário investir na (o):
• Educação: É importante que as pessoas saibam como agir em situações de risco. E não existe lugar melhor para ensinar que a escola. Em situação de enchente você deve procurar ficar abrigado, de preferência em locais altos e seguros. Deve evitar enfrentar a chuva, ruas alagadas e se proteger embaixo de árvores.
• Mapeamento das áreas de risco: Órgãos responsáveis deveriam descobrir e mapear todas as áreas que ofereçam algum tipo de possibilidade de tragédia, como encostas e áreas de várzea – sujeitas à inundações de rios.
• Planejamento urbano: Com o estudo acima em mãos, cabe ao poder executivo impedir a ocupação de áreas de risco. Caso a área já seja ocupada, principalmente por população de baixa renda, o Estado deve oferecer alternativas reais e rápidas de moradia para essas pessoas.
Monitoramento e alerta: O Estado deve investir pesado em tecnologia nas áreas de Meteorologia e Hidrologia. É importante saber, com antecedência e o máximo de precisão, quando ocorrerá uma chuva normal e, assim mensurar o acréscimo de volume de água nos rios. De posse dessas informações, perceber o alcance de inundações. Com tudo isso em mãos, alertar a Defesa Civil, Hospitais e Bombeiros; e avisar a população – via televisão, rádio, internet, celular, sirenes em áreas de risco – que todos devem buscar abrigo seguro.

Nenhum comentário:

Postar um comentário