sexta-feira, 8 de abril de 2011

★ A Reforma e a Contrarreforma Católica !

A Reforma e a Contrarreforma Católica

A Reforma Protestante nasceu dentro da própria Igreja Católica (dominante e corrupta), e rompeu a unidade da mesma. Os fatores que propiciaram a reforma foram:
• Venda de indulgências (perdão).
•  Simonia (venda de “objetos sagrados”).
•  Ignorância do Clero (missas em latim).
• Luxuosidade da Igreja (contradição).
• Desrespeito ao celibato.
• Nepotismo.

Estes vícios da Igreja Católica foram criticados pelos padres humanistas (principal: Erasmo de Roterdã), porém não queriam romper sua unidade, mas apenas corrigir seus vícios e reforma-la para alterar práticas mas sem dividi-la.

Em 1517 um padre pregador de indulgências confrontou-se com o moralismo religioso do monge Martinho Lutero, o qual publicou 95 teses repudiando o poder de concessão de perdão e venda de indulgências da Igreja. Lutero defendia que somente a fé em Cristo era instrumento de salvação. A partir daí começava a Reforma Protestante. Lutero não foi o primeiro reformista, mas sim o primeiro bem-sucedido. Bem-sucedido, pois obteve simpatia e apoio da nobreza alemã (interessadas nas terras da Igreja e em diminuir sua influência na região), que o protegeu para que trabalhasse em suas obras e traduzisse a bíblia para o alemão. O apoio da nobreza foi reafirmado quando os príncipes definiram sua unidade em torno do luteranismo. Estava garantida a sobrevivência da primeira grande religião cristã não católica da Europa.

Contudo, a nobreza alemã associada ao imperador manteve-se fiel ao catolicismo, iniciando as primeiras guerras de religião da Europa. O equilíbrio entre as partes foi selado no acordo Paz de Augsburg, que estabelecia que a religião local seria determinada pela autoridade civil, e não religiosa (uma derrota para a Igreja Católica).

Lutero era conservador e condenava revoltas camponesas e os anabatistas (seita que pregava um cristianismo primitivo, baseado na divisão de propriedades e inexistência de hierarquia). Logo o protestantismo começou a se alastrar pela Europa.

João Calvino publicou uma reforma, assim como Lutero, porém pregava que boas ações não poderiam alterar um destino determinado pelo Criador. Para ele a glorificação de Deus era obtida através do trabalho. Acreditava na predestinação.

Outro protestante foi o monarca inglês Henrique VIII. Este era casado com a espanhola Catarina de Aragão, que não conseguiu dar um filho homem para Henrique, apenas uma menina que estava prometida para casar com um príncipe espanhol. Isso causou medo da intervenção espanhola na Inglaterra, mas o Papa não concedeu a separação aos dois, em resposta, Henrique VIII fundou o Anglicanismo. Esta religião era como a católica, porém o rei tornava-se o chefe da Igreja Anglicana e do Estado, criando um caráter absolutista, fortalecendo o poder do rei (Ato de Supremacia).

Reação da Igreja: A Reforma Católica ou Contrarreforma. A reação mais importante foi o famoso Concílio de Trento, que reuniu a alta hierarquia da Igreja Católica, aplicando medidas de caráter repressivo (reorganização do Tribunal da Inquisição e elaboração de um índex de obras censuradas) e reafirmando os dogmas da Igreja Católica. A Igreja pretendia punir, moralizar (suspendeu a venda de indulgências) e expandir (reconhecimento de ordens religiosas como jesuítas).

Apenas em 1962 houve o reconhecimento do protestantismo por parte da Igreja Católica. A Igreja também proporcionou maior aproximação entre padre e fiel. 

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