sexta-feira, 8 de abril de 2011

★ Modernização do campo e a Reforma Agrária !

A modernização do campo e a Questão das Terras no Brasil

Revolução Verde: programa que prometia transferência de um pacote tecnológico para os países subdesenvolvidos. Tinha como discurso a erradicação da fome, mas seu objetivo era criar uma dependência econômica e tecnológica, além de ampliar a produção de commodities (“cultivo de rico”), o que na verdade ampliou a crise econômica e a fome nesses países.
 Pacote tecnológico pode ser representado por maquinário, fertilizantes, adubos, sementes...
Principais consequências da modernização do espaço agrário:
• Êxodo Rural.
• Agravamento da concentração fundiária e expansão da grande produção empresarial (fagocitose rural: incorporação das terras de pequenos produtores por grandes latifundiários, devido a falta de competitividade e inserção no mercadoss).
• Desalojamento de grande contingente de camponeses ou pequenos produtores.

Conflitos no campo e a Reforma Agrária

A redemocratização política brasileira coincidiu com o aumento dos conflitos fundiários e da violência no campo, colocando novamente a questão da reforma agrária para a sociedade. Nessa época que surgiu o Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST), que desejam ocupar áreas teoricamente improdutivas. Apesar do avanço no processo de reforma agrária, a maior parte dos assentados compõe a população mais pobre do país. Nestes assentamentos é desenvolvida uma agricultura de baixa produtividade e carente de recursos técnico-financeiros.

★ O Capitalismo no Espaço Rural !

O Capitalismo no Espaço Rural

Na relação cidade x campo, o urbano tem se mostrado dominante. Desde o advento da industrialização, a subordinação (dependência) do campo à cidade se tornou uma característica do quadro socioeconômico dos últimos anos.
A subordinada zona rural orienta sua produção para a satisfação da cidade, que investe no campo maciçamente, reproduzindo essa situação de dependência. Funções do campo frente a essa nova configuração urbano-industrial:

• Produção de itens para exportação.
• Produção de matérias-primas para o setor industrial.
• Produção de alimentos para a população urbana.

A introdução do capitalismo no espaço rural também proporcionou a formação dos complexos agroindustriais, que representam a integração do setor agrícola, industrial e financeiro na produção de cultivos comerciais. Os CAIs se dividem em partes:

• Montante: indústria fornecedora de bens de capital e insumos para a agricultura, como sementes, fertilizantes... (produção).
• Produtores: agricultores.
• Jusante: indústria processadora da matéria-prima agrícola (transformação).
• Setor financeiro: bancos financiadores dos dois tipos de indústria.

★ As novas relações capitalistas no espaço rural !

O Capitalismo no Espaço Rural

Na relação cidade x campo, o urbano tem se mostrado dominante. Desde o advento da industrialização, a subordinação (dependência) do campo à cidade se tornou uma característica do quadro socioeconômico dos últimos anos.

A subordinada zona rural orienta sua produção para a satisfação da cidade, que investe no campo maciçamente, reproduzindo essa situação de dependência. Funções do campo frente a essa nova configuração urbano-industrial:

• Produção de itens para exportação.
• Produção de matérias-primas para o setor industrial.
• Produção de alimentos para a população urbana.

A introdução do capitalismo no espaço rural também proporcionou a formação dos complexos agroindustriais, que representam a integração do setor agrícola, industrial e financeiro na produção de cultivos comerciais. Os CAIs se dividem em partes:

Montante: indústria fornecedora de bens de capital e insumos para a agricultura, como sementes, fertilizantes... (produção).

Produtores: agricultores.

Jusante: indústria processadora da matéria-prima agrícola (transformação).
Setor financeiro: bancos financiadores dos dois tipos de indústria.

★ 3ª Revolução Industrial !

 3ª Revolução Industrial
(Revolução Técnico-Científica)

A partir da 2ª metade do século XX, iniciou-se uma nova fase de processos tecnológicos, decorrentes de uma integração física entre ciência e produção, que aplicava as descobertas científicas no processo produtivo, a 3ª revolução industrial:

• Local / Época: oeste dos EUA (Vale do Silício – tecnopolo) / 1970.

• Novos tipos de indústrias: informática, microeletrônica, robótica, telecomunicações, aeroespacial, biotecnologia, nanotecnologia e química fina.

• Energia: nuclear e fontes alternativas (ex: urânio).

• Fortes transformações nos meios de transferência: comunicação (o meio técnico-científico-informacional possibilitou o desenvolvimento das infovias: internet, celular, etc – informação em tempo real -) e transporte (trens de alta velocidade, mega navios e mega aviões)

• Matéria-prima: Silício (microships)

• Surgimento dos Tecnopolos: reunião de diversas atividades de alta tecnologia, empresas, universidades e centros de pesquisa, etc. São originários dos EUA desde que a Universidade de Stanford criou o Vale do Silício (outros tecnopolos: Tsukuba, Japão e Campinas, Brasil).

• Expansão espacial de empresas multinacionais.

• Ampliação do desemprego (robôs).

• Globalização: integração do espaço geográfico mundial que intensifica as relações econômicas e culturais entre os países.

★ Crise do Fordismo e o novo modelo: Pós-Fordismo !


Crise do Fordismo e o novo modelo: Pós-Fordismo 
(Toyotismo ou Modelo Flexível)


Após algum tempo, o Fordismo começou a apresentar fatores negativos que contribuíram para sua substituição, foram eles:

• Elevada obsolência programada: a durabilidade dos produtos padronizados (poucas opções para o consumidor) estava saturando os mercados, reduzindo o consumo em massa.
• O consumo em massa reduziu e os salários continuaram em ascensão.
• Crise do modelo Keynesiano: altos gastos públicos.

Para evitar uma nova crise, foi necessária uma flexibilização da produção e do trabalho, dando origem ao novo modelo Toyotista, que teve como características:

(Flexibilização da Produção)

• Substituição da questão da padronização por uma personalização dos produtos (novos modelos, cores e etc para os consumidores. Inclusive, com a 3ª Revolução Industrial as empresas deram a opção de personalizar seus produtos a partir de compras pela internet).
• Redução do ciclo de obsolência dos produtos, seu tempo de vida (a qualidade agora não era medida pela durabilidade, mas sim pelo grau de tecnologia.  O maior exemplo disso é o celular. “Quando um produto chega ao mercado ele já está obsoleto”).
• Busca de novas áreas industriais que ofereçam mais vantagens para a produção (Deseconomia de Aglomeração).
• Modificação da questão dos grandes estoques, ao invés de produzir em massa para vender depois, agora vende e depois produz na quantidade certa, necessária (Just-in-Time)

(Flexibilização do Trabalho)

• Automação da produção: graças aos avanços da 3ª Revolução Industrial foi possível substituir a mão-de-obra humana por robôs. Um grande volume de trabalhadores especializados seria substituído por trabalhadores qualificados.
• Global Sourcer (Produção Global): as empresas puderam fugir de locais com mão-de-obra de baixa qualificação e preços elevados para buscar um trabalho mais barato em economias emergentes.

Os avanços tecnológicos da Terceira Revolução Industrial foram fundamentais para esse novo modelo.



A nova doutrina econômica adotada foi o Neoliberalismo, que tinha como características:

• Intervenção mínima do Estado na economia (deixando o mercado se autorregular com total liberdade)
• Defende que o indivíduo tem mais importância que o Estado e busca o bem estar social.
• Esta doutrina é representada por: privatizações, investimentos em educação, acordos comerciais, estabilidade econômica, ampliação dos meios de transporte e do meio técnico científico informacional e pela flexibilização legislativa.

★ Keynesianismo e Fordismo, soluções para a Crise !

Keynesianismo e Fordismo, soluções para a Crise

O modelo fordista e a doutrina keynesiana recuperaram os EUA e permitiram a continuidade do desenvolvimento capitalista.
O Fordismo foi um modelo de produção que tinha como características:

• Produção padronizada, em massa (produção em massa = consumo em massa), em larga escala, full time e com grandes estoques.
• Trabalho especializado, com salários ascendentes (para movimentar o capital), garantias trabalhistas e fortes sindicatos.

• Forte concentração das indústrias (Economia de Aglomeração).

A doutrina era keynesiana (wellfare state, ou estado de bem estar social), a qual defendia a realização de obras públicas, criação de empresas, cargos públicos (empregos), investimento em setores públicos, etc. O Keynesianismo pregava a intervenção do Estado na economia e em todos os aspectos necessários. O objetivo da doutrina é manter o crescimento da demanda em paridade com o aumento da capacidade produtiva da economia. Nos EUA essa doutrina foi introduzida através do New Deal do então presidente Franklin Roosevelt. Algumas medidas do New Deal que reergueram a economia norte-americana:

• Concessão de crédito agrícola a pequenos produtores familiares.
• Criação da Previdência Social.
• Controle da corrupção no governo.
• Incentivo à criação de sindicatos.

Essas medidas em associação com as concepções do Fordismo ampliaram o consumismo e crescimento econômico. Porém, essa prosperidade começaria a ser desmontada devido às próprias características do Fordismo e do Keynesianismo, assim, um novo modelo produtivo e uma nova doutrina econômica surgirão: o Pós-Fordismo e  o Neoliberalismo.

★ Taylorismo, Liberalismo e a Crise de 1929 !

Taylorismo, Liberalismo e a Crise de 1929

A Crise de 29, momento de forte estagnação da economia, foi causada principalmente por dois fatores: o modelo Taylorista de produção e o liberalismo econômico.

O Taylorismo foi o modelo que consolidou o processo capitalista. Tinha como características:
• Padronização da produção em série para reduzir custos.
• Economia de mão-de-obra.
• Tem como objetivo aumentar a produtividade do trabalho.
• Trabalho de forma intensa, padronizado e fragmentado (“especialização” da mão-de-obra, trabalho repetitivo) para acabar com qualquer desperdício de tempo e aumentar a produção.
• Nega ao trabalhador qualquer manifestação criativa ou participação.

Contudo, os ganhos produtivos não resultaram num aumento salarial dos trabalhadores, o que reduziu o mercado consumidor interno dos EUA, de modo que o subconsumo não absorvia a superprodução resultante do aumento da produtividade. Mas para conter a crise, por que não foi reduzida a produção ? Não foi reduzida devido ao Liberalismo Econômico, um conjunto de princípios e teorias políticas que defendem a liberdade política e econômica, contrário à forte intervenção do Estado na economia. Porém o que realmente proporcionou a crise, foi a ideia central da doutrina liberal: a lei da oferta e da procura. Esta lei era baseada na ideia da autorregulação da economia, o que fez os industriais não intervirem nela pois mesmo com a redução das vendas e o aumento dos estoques, o problema econômico se resolveria. O que não aconteceu.

Em 1929, na “Quinta-feira negra”, milhões de títulos e ações foram colocados à venda, sem que aparecessem compradores. Os preços dos títulos desabaram. Houve uma sequência de falências, desemprego, crise alimentar e até suicídios. Entretanto, a partir de 1933 os EUA iniciaram sua recuperação econômica, a partir de medidas tomadas pelo presidente Franklin Roosevelt (New Deal), e pelo novo modelo produtivo, o Fordismo.